Proposta defendida pelo senador Márcio Bittar busca restaurar a confiança no processo eleitoral e segue agora para votação no plenário
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deu um passo importante no debate sobre o sistema eleitoral brasileiro ao aprovar a proposta que prevê o voto impresso auditável. Defendida pelo senador Márcio Bittar (AC), a medida tem como principal objetivo restaurar a confiança da população na democracia e garantir mais transparência na apuração dos votos.
Segundo o senador, democracia sem possibilidade de auditoria não é democracia. Hoje, de acordo com ele, o eleitor não consegue conferir o próprio voto após a votação. Com a mudança, o processo seria simples e direto: o eleitor vota normalmente na urna eletrônica, o voto é impresso em papel, o eleitor confere as informações, confirma que aquele é o seu voto e, em seguida, o comprovante cai automaticamente em uma urna lacrada, sem contato manual.
A proposta cria uma prova física do voto, que poderá ser usada em caso de suspeitas ou denúncias. Dessa forma, se houver questionamentos, os votos poderão ser recontados um a um, de forma pública, diante de toda a sociedade. Para os defensores da medida, isso marca o fim da chamada “era do confia” e o início da “era do confere”, baseada na verificação e na transparência.
Márcio Bittar afirma que o voto impresso não representa retrocesso, como alegam críticos, mas sim um aperfeiçoamento do sistema eleitoral. Ele também rebate o argumento do alto custo, destacando que caro, segundo ele, é manter um sistema que gera dúvidas. “O poder volta para a mão de cada eleitor”, reforça o senador.
Apesar da vitória na CCJ, o parlamentar alerta que a luta continua. A proposta ainda precisa ser votada no plenário do Senado, e ele convoca a população a participar do debate. A orientação é clara: os brasileiros que defendem mais transparência devem procurar seus senadores, dialogar e mostrar a importância da mudança.
“O Brasil precisa eliminar todas as dúvidas que ainda pairam sobre o processo eleitoral”, afirmou Bittar. Para ele, garantir clareza e confiança nas eleições é essencial para fortalecer a democracia e evitar questionamentos futuros.
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