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🎨 Projeto “A Arte de Sentir a Própria História” dá voz e visibilidade a alunos da Educação Especial em escola estadual



Idealizado pela professora Neila Ocampo, o projeto transforma a arte em ferramenta de inclusão, mesmo sem apoio financeiro direto da Secretaria de Educação.

Dentro de uma escola estadual, um projeto vem transformando vidas e mostrando que a arte pode ser uma poderosa forma de expressão e inclusão. O projeto “A Arte de Sentir a Própria História”, idealizado pela professora Neila Ocampo, nasceu da necessidade de dar visibilidade aos alunos da Educação Especial, muitas vezes esquecidos dentro do próprio ambiente escolar.

“Quando cheguei à sala de recursos, percebi que os nossos alunos eram invisíveis. A professora anterior havia feito um trabalho bonito, mas restrito. Então pensei: por que não transformar isso num projeto de verdade, que contasse a história deles?”, relata Neila.

A ideia ganhou força e hoje o projeto está em seu terceiro ano de execução, sendo reconhecido dentro da escola e pela comunidade local. Por meio de pinturas em tela e atividades artísticas, os alunos expressam sentimentos, vivências e histórias pessoais, desenvolvendo autoconfiança e senso de pertencimento.

Falta de apoio e reconhecimento oficial

Apesar do impacto positivo, o projeto ainda não recebe apoio financeiro direto da Secretaria de Educação (SEDUC). Todo o material utilizado — tintas, telas e instrumentos de arte — é provido pela própria escola ou pela equipe da sala de recursos. Muitas vezes, a professora precisa reciclar materiais para garantir a continuidade das atividades.

“Não existe verba destinada ao projeto. A gente trabalha com o que tem. Reciclamos materiais, reaproveitamos o que é possível. Nunca recebemos visita ou apoio direto da SEDUC, nem sabemos quem responde hoje pela gerência de Educação Especial”, desabafa Neila.

Mesmo sem incentivos, a dedicação da professora é admirável. Contratada para 20 horas semanais, ela acaba dedicando tempo integral, chegando cedo e saindo ao fim do expediente para atender todos os alunos e manter o projeto ativo.

O papel da arte na inclusão

Segundo Neila, a arte tem sido essencial para despertar o interesse e o desenvolvimento dos alunos. “Eles passam a se ver, a se expressar, a contar suas próprias histórias. E isso muda tudo”, explica.

Os pais dos estudantes também reconhecem os avanços. “Eles ficam felizes em ver o progresso dos filhos, o empenho e o carinho com que o projeto é conduzido”, destaca a professora.

Mesmo diante de tantas dificuldades, o compromisso e a sensibilidade de Neila Ocampo fazem de “A Arte de Sentir a Própria História” um exemplo de dedicação e amor à educação inclusiva.

“O que falta é visibilidade e apoio”

Para a educadora, o que falta é o olhar atento dos órgãos gestores. “A gente envia convites, mostra os resultados, mas o retorno é mínimo. Falta interesse, falta investimento, falta capacitação para os professores. A educação especial precisa ser vista como prioridade e não como exceção”, conclui.

O projeto segue firme, resistindo à falta de recursos, mas sustentado pela força de quem acredita que a arte é mais do que cor e forma — é um meio de sentir, contar e viver a própria história.

Reportagen de: Isaque Fernandes 
Site A capital dá Notícias 
































































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