Decisão do ministro Flávio Dino atende pedido da Polícia Federal e inclui filhos do ex-presidente, parlamentares e empresários entre os investigados
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira a abertura de inquérito criminal para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 23 aliados. A medida transforma a petição 10.064 do Distrito Federal em inquérito, atendendo a um pedido formal da Polícia Federal (PF).
Segundo o despacho, há fortes indícios de crimes contra a administração pública, apontados no relatório final da CPI da Covid, especialmente relacionados a supostas irregularidades em licitações e possíveis desvios de recursos públicos.
Quem são os investigados
Entre os nomes citados no inquérito estão os filhos de Bolsonaro — Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro —, além de aliados próximos como:
- Deputada Bia Kicis (PL-DF)
- Deputada Carla Zambelli (PL-SP)
- O blogueiro Allan dos Santos
- O ex-assessor Felipe Martins
- O empresário Luciano Hang
Próximos passos da investigação
A Polícia Federal terá 60 dias para realizar diligências, ouvir os investigados e coletar novas provas. Caso surjam elementos suficientes, o inquérito poderá resultar em denúncia formal apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A decisão de Dino reforça o peso do relatório produzido pela CPI, que já apontava responsabilidade de autoridades e empresários em possíveis práticas criminosas durante a gestão da pandemia.
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