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O Chicote do Poder do Coronel Governador Marcos Rocha, Contra o Giz.



Por De Assis Teixeira Eu nunca pensei que viveria para presenciar tamanho espetáculo de truculência contra aqueles que sustentam, com suor e giz, a educação do meu estado. No entanto, em Rondônia, sob a batuta do Governador Marcos Rocha e da sua Secretaria de Educação, transformaram em realidade o que parecia improvável, a recepção dos professores com polícia, gritos e cacetetes.

Lembro-me bem do dia,fomos às ruas exigir o mínimo  de dignidade, Salários defasados, carga de trabalho desumana, escolas sucateadas e uma política de desvalorização que se arrasta há anos. Queríamos ser ouvidos, queríamos ser respeitados. O  que recebemos, no entanto, foi o peso da bota do Estado.

Vi colegas sendo empurrados, vi professoras, mulheres que dedicaram a vida inteira ao magistério,  sendo tratadas como criminosas. O som do choque dos cassetetes ecoavam como se fosse um recado direto. “calar a voz de quem ensina”. era o giz esmagado pelo chicote do poder.

Enquanto isso, o governador, em sua blindagem política, se mantinha distante, talvez até satisfeito com o espetáculo de força. Afinal, em tempos de greves, é mais conveniente sufocar a voz do professor do que enfrentar a dura realidade, o estado deve, e deve muito, aqueles que formam cidadãos.

Eu me pergunto até quando suportaremos carregar esse fardo,até quando teremos que transformar dor em resistência, humilhação e coragem? O giz que segura em minhas mãos não é arma, não é ameaça. É apenas a ferramenta de quem acredita que a educação é a única via para se libertar.

Mas em Rondônia, neste governo, aprendemos que o giz incomoda mais do que qualquer protesto armado. E, por isso, nos tratam como inimigos.

Eu, professor De Assis, sigo em greve. Não por luxo, não por vaidade. Mas porque não aceito ser esmagado pelo chicote do poder.

E tenho dito.

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