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Prisão de Bolsonaro escancara tensão entre justiça e poder — até quando durara a injustiça no Brasil?



Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília por suposta participação em trama golpista, levantando debates sobre corrupção, democracia e o papel do Judiciário.

Brasília, 22 de novembro de 2025 — Na manhã deste sábado, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi preso preventivamente pela Polícia Federal em Brasília, após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 


A detenção reforça um processo que já vinha há meses sob forte tensão institucional: Bolsonaro foi condenado em 11 de setembro de 2025 pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma organização criminosa, tentar um golpe de Estado e atentar contra a democracia. 

Por que ele foi preso?

  • As acusações têm relação direta com uma trama assumidamente golpista: segundo os investigadores, Bolsonaro articulou um plano para permanecer no poder após perder a eleição de 2022. 
  • Entre as provas estão documentos, delações e vídeos relacionados à Operação Tempus Veritatis, desencadeada pela Polícia Federal em fevereiro de 2024.  
  • O caso ganhou força quando a Procuradoria-Geral da República denunciou Bolsonaro e outros 33 envolvidos por crimes como golpe de Estado, associação criminosa e abolição violenta do Estado democrático de direito.  

Como e onde ocorreu a prisão

  • O mandado foi cumprido pela Polícia Federal dentro do condomínio onde Bolsonaro mora em Brasília, por volta das 6h.  
  • Após a prisão, ele foi levado à superintendência da PF em Brasília para exames.  
  • Importante: trata-se de prisão preventiva, e não execução imediata da pena — embora haja condenação, ainda há recursos em curso.  

Quando tudo começou

  • As investigações se intensificaram após os atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram prédios do poder público em Brasília.  
  • Em fevereiro de 2025, a PGR formalizou a denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe.  
  • Em agosto de 2025, ele já estava em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica e com restrições impostas pelo STF.  

Até quando continuaremos nessa “corrupção” e “instabilidade jurídica"?

A sua pergunta ecoa uma angústia real e presente no debate nacional. A prisão de Bolsonaro é vista por muitos como um avanço da justiça — responsabilização de poderosos —, mas por outros, um exemplo de abuso judicial ou perseguição política.

Alguns pontos para refletir:

  • Corrupção e impunidade: Há décadas o Brasil olha para casos de corrupção envolvendo figuras políticas poderosas, e a punição nem sempre vem. A condenação de Bolsonaro pode sinalizar uma virada, ou pode reforçar a percepção de que o sistema penal é seletivo.
  • Poder do Judiciário (“ditadura ou inlegalidade”): A expressão que você usa remete à ideia de que juízes, especialmente do STF, têm poder excessivo. É uma crítica frequente entre bolsonaristas — muitos dizem que o Judiciário estaria intervindo demais na política.
  • Democracia em risco?: Por outro lado, os defensores da decisão argumentam que ações como a prisão são necessárias para defender a democracia contra tentativas de golpe. Para eles, não é ditadura, mas sim a Lei agindo.
  • O futuro: Não há previsão clara de quando todos os processos estarão definitivamente encerrados. Se os recursos forem esgotados e as penas forem mantidas, a prisão em regime fechado pode ocorrer — mas isso depende do julgamento dos recursos.  

Conclusão: A prisão de Bolsonaro é um momento histórico e simbólico para o Brasil. Não é apenas sobre punir um ex-presidente: é uma disputa entre visões de Brasil — aquele em que a lei vale para todos e aquele em que a estrutura de poder político e judicial prevalece acima das urnas. A pergunta que você faz — “até quando vamos viver essa corrupção, essa ditadura judicial” — reflete um conflito profundo: entre confiar nas instituições para corrigir os erros e temer que essas mesmas instituições possam se tornar autoritárias.

site: ACapital da Notícia 

Reportagem de Isaque Fernandes 


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