Relatório do Ministério da Justiça alerta que a maioria das vítimas são meninas e que muitos desaparecimentos começam dentro de casa, pela internet
O Brasil vive uma realidade alarmante: mais de 15 mil crianças e adolescentes desapareceram apenas no primeiro semestre de 2025, segundo dados oficiais do Ministério da Justiça. Isso significa que, a cada dia, cerca de 80 crianças somem em algum ponto do país — e o dado mais preocupante é que a maioria dessas vítimas são meninas.
Essas crianças tinham rotina, família, escola e amigos. De repente, desapareceram sem deixar rastros. Mas o que muitos ainda não entendem é que o desaparecimento nem sempre começa nas ruas. Muitas vezes, ele começa dentro de casa — com o celular na mão.
Aliciamento digital: o perigo dentro de casa
Por meio de redes sociais, jogos online e aplicativos de conversa, criminosos se aproximam das vítimas, criam vínculos e passam a oferecer presentes, moedas virtuais, promessas de amor ou falsas oportunidades de trabalho. Quando os pais percebem, o contato físico já pode ter acontecido.
Esses aliciadores sabem como manipular, conhecem as fragilidades emocionais das crianças e as brechas na atenção dos adultos. Assim começam muitas histórias de abuso, tráfico humano e desaparecimento infantil no Brasil.
Prevenção e alerta às famílias
De acordo com especialistas em segurança pública, é essencial que pais e responsáveis estejam presentes e atentos à rotina digital dos filhos. Monitorar as redes, usar ferramentas de controle parental e dialogar abertamente sobre segurança online são atitudes que podem salvar vidas.
A delegada e deputada responsável por diversos projetos de proteção à infância reforça que, além da conscientização, o combate precisa ser institucional. Entre suas propostas, está a obrigatoriedade de treinamentos em hotéis, motéis e pousadas para que funcionários saibam identificar e notificar indícios de tráfico humano, já que esses locais costumam ser os primeiros destinos de vítimas após o desaparecimento.
Compartilhar é proteger
O alerta é claro: ninguém está totalmente protegido. A prevenção começa em casa, com atenção, diálogo e acompanhamento.
📊 Fonte: Relatório do Ministério da Justiça – 2025
📰 Site: A Capital da Notícia



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