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Central sem registro promete atuar há cinco meses; eleição feita, documentação só será protocolada em 1º de dezembro

 



Reunião no Boteco da Neidoca, setor chacareiro do Estrada dos Periquitos, expõe impasse sobre legalização, representatividade e controle do Conselho Rural.

Reunião ocorrida em 16 de novembro de 2025 traz críticas sobre uma entidade que já age, mas ainda não existe legalmente.

Uma reunião Segundo informação essa reunião só aconteceu pois um membro da diretoria já se sentindo constrangido por tanta cobrança por parte de associados da sua associação de amigos que perguntavam a ele sobre como andava a diretoria da Central ele forçou entre as diretoria que foram eleita e nunca registrada uma reunião aí essa reunião aconteceu mesmo contra a vontade de alguns em fim foi realizada nesta tarde de 16 de novembro de 2025 no Boteco da Neidoca, no setor chacareiro do Estrada


dos Periquitos, colocou em xeque a atuação da recém-eleita Central de Associações — Senaprof. Presença de lideranças, alfinetadas e decisões tomadas “no calor do momento” revelaram um problema simples e grave: a suposta diretoria afirma trabalhar há cinco meses sem, até agora, ter registro formal da entidade.

Segundo relatos vindos do encontro, a eleição da Central teria ocorrido há aproximadamente oito meses, mas não há estatuto, ata nem registro de diretoria protocolados até aqui. A própria diretoria — que afirma já realizar encaminhamentos, reuniões e até preparar pedido de audiência pública — assegurou durante o encontro que a documentação será registrada em 1º de dezembro.

O que foi discutido e decidido

Na pauta da reunião estiveram a legalização da Central, a formalização de documentos e a estratégia de atuação política junto aos órgãos públicos. Um tópico central gerou reação e preocupação entre os presentes: a proposta de substituir parte dos membros do Conselho Rural pela Central, transformando a entidade numa espécie de filtro para decidir quem permanece no colegiado que delibera sobre a destinação de recursos públicos para a agricultura.

Atualmente, o conselho conta com a participação dos presidentes de associações locais. A direção da Central pretende que a própria Central passe a indicar e decidir os membros do Conselho, reduzindo, na prática, a participação direta dos presidentes de associações na tomada de decisões sobre investimentos e políticas para o campo.

Por que isso preocupa produtores e presidentes de associações

A alteração proposta tem impacto direto na representatividade. Se confirmada, haverá:

  • Concentração de poder: decisões sobre recursos públicos seriam tomadas por um número menor de pessoas ligadas à Central.
  • Perda de voz local: presidentes que hoje buscam benefícios para suas regiões podem ficar sem acesso direto às decisões.
  • Risco de exclusão: centenas de associações — especialmente em municípios como Porto Velho — poderiam ver diminuída sua capacidade de reivindicar ações específicas para suas áreas.

Especialistas em governance associativa costumam dizer que uma entidade que não resolve sua própria formalização (estatuto, ata, registro) tem pouca credibilidade para representar terceiros e gerir recursos públicos. A dúvida que ronda o encontro: como a Central pretende disputar espaço e poder se ainda não solucionou um problema básico de existência legal?



Participantes (presencial e online)

A reunião teve participação presencial de: Sílvio Ricardo, Levi, Flávio, Bordalo, Lenira, Leni, Arivelto, Erivelto.

Estavam online: Marta e Iva — ambas acompanhando e participando dos encaminhamentos.

Próximos passos anunciados pela diretoria

Segundo deliberações da própria reunião, os diretores disseram que irão:

  1. Protocolar o registro da documentação em 1º de dezembro de 2025 (estatuto, ata e composição da diretoria).
  2. Prosseguir com pedidos de audiência pública e outros encaminhamentos administrativos.
  3. Encaminhar proposta de substituição de membros do Conselho Rural, para que a Central indique quem passará a compor a comissão deliberativa.

O que fica para o leitor (e para os presidentes de associações)

A movimentação coloca em xeque o equilíbrio entre representatividade local e organização centralizada. Cabe aos presidentes de associações, produtores rurais e ao poder público analisar com atenção:

  • Exigir a apresentação de documentos oficiais antes de reconhecer a representatividade da Central.
  • Avaliar se a troca de representantes no Conselho Rural respeita critérios democráticos, estatutários e legais.
  • Pedir transparência sobre como serão alocados os recursos públicos e quais critérios serão usados pela Central para indicar membros.

Conclusão

A discussão vista hoje no Boteco da Neidoca não é apenas retórica de bar: mexe com direitos de representação e com o destino de recursos que chegam ao campo. Uma entidade que atua politicamente sem comprovar sua existência jurídica levanta dúvidas legítimas. Resta agora confirmar, em 1º de dezembro de 2025, se a documentação será realmente registrada — e acompanhar se, a partir daí, a Central atuará em nome de toda a cadeia produtiva ou em benefício de um grupo reduzido.

Leitores e presidentes de associações: observem, cobrem transparência e decidam qual caminho defendem. Para quem representa a base, a pergunta é direta e urgente: por que criar uma central se já existem centenas de presidentes de associações?

Site Acapital da notícia 
Reportagem Isaque Fernandes

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