Famílias expulsas de suas propriedades pedem que autoridades federais e estaduais intervenham para impedir novas tragédias e garantir justiça aos produtores rurais.
O drama vivido por centenas de produtores rurais em Rondônia tem comovido quem acompanha a situação de perto. Famílias que dedicaram décadas de trabalho à terra, com títulos definitivos e escrituras públicas emitidos pelo INCRA, estão vendo seus sonhos serem destruídos diante da falta de ação das autoridades.
O que os produtores esperam agora é apoio e intervenção urgente dos deputados estaduais, federais e senadores, para que tomem uma posição firme em defesa dessas famílias. Segundo os moradores, a omissão política tem custado caro: casas derrubadas, plantações queimadas e corações despedaçados.
“É triste ver o que está acontecendo. Mães e pais chorando ao verem suas casas caindo, suas camas queimadas, os quartos dos filhos sendo destruídos. Tudo o que construíram em uma vida inteira está indo por água abaixo”, relatou, emocionado, um morador da região de São Miguel Alvorada do Oeste.A situação, descrita pelos produtores como “desumana e revoltante”, mostra famílias inteiras sendo retiradas à força, muitas vezes sob o som de motosserras e com as chamas consumindo aquilo que representa anos de sacrifício e trabalho.
Os moradores questionam: “Será que não existe justiça no nosso Brasil?”. O sentimento é de abandono total. Eles afirmam que o que está em jogo não são apenas terras, mas vidas, histórias e sonhos de gerações que sempre viveram da agricultura familiar — produzindo café, leite, mandioca e alimentos que abastecem o estado.
Os produtores reforçam o pedido para que os representantes de Rondônia no Congresso Nacional se posicionem de forma clara e urgente. Eles pedem uma audiência pública, investigações sobre os abusos nas operações e ações concretas de amparo aos agricultores que estão perdendo tudo.
Enquanto isso, o sofrimento aumenta a cada dia. O campo, que sempre foi símbolo de trabalho e dignidade, agora é cenário de lágrimas, incerteza e revolta.
📍 Reportagem: Isaque Fernandes – A Capital da Notícia
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