Uma reflexão de, De Assis Teixeira inspirada em Maquiavel
A primeira impressão que se tem de um governante inteligente é dada pelos homens que o cercam.
Mas, muitas vezes, observo com espanto como pessoas tão despreparadas e incompetentes chegam ao poder.
São indivíduos antipáticos, soberbos, e desprovidos de qualquer empatia, mas que, mesmo assim, conseguem alçar voos altos, principalmente na política.
Pessoas vazias, sem formação sólida e sem compromisso com o bem comum, mas que ocupam cargos de destaque e influência.
Como isso é possível? O que leva uma sociedade a aceitar líderes sem preparo, sem sensibilidade e sem humanidade?
Essa pergunta ecoa em mim: será que o poder é concedido pela virtude e pela sabedoria, ou apenas pela imagem e pela manipulação das aparências?
Nicolau Maquiavel, em O Príncipe, oferece uma resposta desconfortável, porém lúcida.
Segundo ele, os homens julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, isto é, a aparência importa mais que a essência.
Para Maquiavel, um governante eficaz não precisa ser bom, mas parecer bom.
Muitos líderes, portanto, não chegam ao poder por mérito ou competência, mas por dominarem a arte de parecerem fortes, justos e sábios.
Maquiavel também compara o governante à raposa e ao leão, deve ser raposa para evitar armadilhas e leão para impor respeito.
Quem domina esse equilíbrio de astúcia e força, mesmo sem virtude, consegue se manter no comando.
Mas o filósofo alerta: a inteligência de um governante é medida pelos homens que o cercam.
Se está rodeado de bajuladores e incompetentes, revela sua própria mediocridade; se escolhe conselheiros sábios, demonstra grandeza.
Reflexão final
Minha análise se confirma em Maquiavel, “o poder, na maioria das vezes, não está nas mãos dos melhores, mas dos mais hábeis em encenar virtudes”.
A política se transforma em um teatro onde o público aplaude a aparência, e a essência é esquecida atrás das cortinas.
Enquanto o povo continuar a confundir brilho com sabedoria e arrogância com liderança, continuaremos a ver o espetáculo da incompetência travestida de poder.
E tenho dito.
Por Prof: Diasis


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