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A Vida de um Menino Pobre do Nordeste Brasileiro

 


Por De Assis Teixeira

Uma semente brotou

Na cidade de São João,

Chamaram-lhe de Assis

Para não ficar pagão.

Assim começa a história,

De coragem e retidão.


Quando o menino nasceu

Foi grande a euforia.

Com a chegada de um Teixeira

No sertão das serranias.

Entre rezas e cantigas,

Se fez festa e alegria.


Cresceu no agreste  seco,

No sol forte do Ceará.

Viu vaqueiro campear gado,

Viu a lua se deitar.

E o canto do carcará

Fez sua alma sonhar.


Na juventude viveu

Da roças e do marchado.

Caçava prear e tatu,

Pra comer bem temperado.

E entre traquinagens mil,

Foi um menino levado.


Estudou, trabalhou duro,

Pra  ter vida de sentido.

Deixou sua São João,

Na esperança do perdido.

Levava no peito a fé.

E os sonhos do oprimido.


Formou-se no magistério,

Com a bênção do senhor.

Depois veio a História,

Seu diploma, seu valor.

Na escrita e no ensino

Foi semeando amor.


Casou-se com Luciana,

Companheira tão fiel.

Na partilha da jornada

Construiu doce papel.

Deu-lhe forças e carinho,

Um presente lá do céu.


Vieram filhos queridos,

foi Lidiane primeiro.

Depois nasceu o Davi,

Brilho doce e verdadeiro.

Na raiz dessa família,

Floresceu o mundo inteiro.


Seguiu firme nos estudos,

Com esforço e com cuidado.

Na estrada do saber

Seu destino foi marcado.

E Deus coroou sua vida

Com o mestrado tão sonhado.


Hoje colhe sua colheita,

Na ternura que declara.

Seus filhos são sua vida,

E a alegria não para.

Pois brilhou em seu destino

A netinha Ana Clara.


Entrou na vida política,

Com o sonho de mudança.

De melhorar sua cidade,

Que lhe deu tantas bonanças.

Foi eleito vereador

Com fé, amor e esperança.


Seu lema na política

Tinha força e expressão:

“Estou aqui para servir,

Não dou trégua a ladrão.

Não me vendo e não me rendo,

Esse é meu grande chavão.”


Defender a educação

De Candeias do Jamari,

Combater a corrupção,

Fez a democracia abrir.

Lutou firme, como guerreiro,

Pra cidade evoluir.


Na política eu lutei

Pelos pobres com vigor,

Defendi sempre a justiça,

Trabalhei com muito ardor.

A ética foi o meu norte,

Respeito ao povo lutador.


Meu mandato incomodou

Gente má e poderosa,

Que não queria mudança,

Nem justiça corajosa.

Calar-me  era o objetivo

 De uma elite impetuosa


Recebi duras sentenças,

A Ameaça de morte, foi cruel.

Por lutar contra a mentira

E o roubo do papel.

Mais firme não me entreguei,

Confiei no Deus fiel.


Até hoje não desisto,

Minha fé me dá guarida.

Carrego no peito a força

De quem nunca foi vencida.

A coragem me sustenta

Nas batalhas desta vida.


E aqui termina a saga,

De poesia e de vida


Contar minha a trajetória

Com rima bem divertida,

Foi só pra deixar gravada

Minha história construída.


Dedico este poema

À mulher que iluminou,

Com coragem e ternura,

Minha vida abençoou.

O seu nome é Gecina,

Que em meu peito eternizou.

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