Por Juvenil CoelhoPouco nos importa a origem do termo, trilogia ou triologia, como queiram ou mesmo sua meteórica significância no contexto gramatical. Isso porque sua penetração no tempo e no espaço se consolida com afinco em variadas áreas do conhecimento, sempre com muito esmero e representatividade.
Ou seja, a trilogia se forma, basicamente, com três termos afins, com o objetivo final de moldar um anseio coletivo ou trilhar as diretrizes de uma conquista futura, explícita ou não dentro da magna amplitude universal.
A título de exemplo: “Fé, Esperança e Caridade”, que elegemos aqui como a trilogia da salvação eterna.
Antes, porém, torna-se necessário dizer que nem todas as trilogias que beneficiam a coletividade são criações humanas. Muitas já vieram com a própria criação do mundo. Outras foram acopladas ou implementadas, ao longo da história, de acordo com as carências e necessidades da humanidade.
Para relembrar, listamos aqui algumas dessas trilogias afáveis, que felizmente vieram da divindade criadora e nos enobrecem por toda a perenidade dos tempos:
• A dos reinos da natureza: Animal, Vegetal e Mineral.
• A dos elementos essenciais à vida: Água, Ar e Fogo, responsáveis pelo fôlego vital dos entes terrestres.
• E ainda, a da família celestial: Pai, Filho e Espírito Santo, eternizados como preceitos religiosos da Santíssima Trindade, que entoam em sua essência as figuras da autoridade maior e do amor paternal (o Pai), da redenção e consequente purificação (o Filho amado), e, no Espírito Santo, a figura do agente provedor, que nos protege e salva.
Mas, em meio à diversidade desses tripés tão significativos para a posteridade, ousamos dissecar a trilogia que deu sustentação e firmeza de ideia à Revolução Francesa, sem sombra de dúvidas, um dos eventos mais importantes da civilização humana.
Para quem desconhece esse marco histórico, os idealizadores da benemérita Revolução adotaram como lema simbólico as expressões: Liberdade, Igualdade e Fraternidade e, por isso, foram agraciados com o êxito e a grandiosidade do movimento.
Diga-se de passagem, essa revolução salvou não apenas a França, mas também a Europa, de um colapso econômico em pleno século XVIII. No auge da transformação, ocorreu a quebra do absolutismo monárquico vigente e o estabelecimento de uma nova forma de governo, mais democrática e republicana, com maior representatividade e justiça social, eliminando, assim, os privilégios da nobreza e do clero.
Abriram-se, escancaradamente, as portas para o capitalismo, o livre comércio e a industrialização das commodities, que hoje sustentam grande parte da população mundial.
Evidentemente, os efeitos das trilogias não se restringem a fatores circunstanciais. Elas se originam, com frequência, nas situações mais distintas, ao redor do planeta. Portanto, há trilogias para todos os gostos, para todos os povos, capazes de nortear uma infinidade de propósitos.
Numa visão mais refinada e perfeccionista do mundo moderno, selecionamos algumas trilogias que nos trazem bons frutos e nobres reflexões:
Deus, Pátria e Família; Sabedoria, Força e Beleza; Vim, Vi e Venci. E por aí vai.
Assim, queremos concluir: está na hora de os mandatários e autoridades de todas as nações refletirem mais profundamente, no sentido de eliminarem impasses, guerras e embaraços e se voltarem, enfim, para as coisas boas da vida.
O autor é jornalista e diretor executivo do Instituto Phoenix de Pesquisa Descritiva.
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