Há três décadas, o engenheiro, arquiteto e botânico Túlio deixou sua cidade natal em Minas Gerais e escolheu Porto Velho, capital de Rondônia, como novo lar. Instalado em um condomínio residencial no cruzamento da Rua Garopa com a Rua Sardinha, próximo à Avenida Rio de Janeiro, ele dedicou tempo, esforço e amor para transformar o local em um exemplo de cuidado urbano.
Ao longo desses anos, Túlio plantou diversas espécies de árvores, inclusive belíssimos ipês que, no outono, colorem o chão com flores roxas, encantando quem passa pela região. Mas seu trabalho não se limitou ao espaço privado: ele também cuidou da Rua Garopa, zelando pelo bem-estar da vizinhança e promovendo um ambiente saudável, limpo e arborizado.
No entanto, o cenário que antes era de orgulho e tranquilidade tem se transformado em motivo de tristeza. Segundo Túlio, a Rua Garopa tem sido tomada por usuários de drogas, vândalos e desocupados, que destroem as plantas, depredam a iluminação pública e tornam o local perigoso. “É doloroso ver tudo aquilo que construí com tanto carinho sendo destruído”, lamenta.
Além da violência e do descaso, a rua enfrenta problemas de infraestrutura. A malha asfáltica foi retirada durante a gestão anterior e nunca mais foi recomposta. Falta iluminação, drenagem adequada e, principalmente, atenção por parte do poder público.
Túlio faz um apelo ao novo prefeito de Porto Velho: “Peço que olhem com carinho para a Rua Garopa. Que tragam de volta a segurança, a infraestrutura e valorizem esse exemplo de cidadania que tanto me esforcei para construir. Que minha iniciativa sirva de inspiração para outras localidades”, diz ele.
A história de Túlio é um lembrete de que pequenas atitudes podem transformar um bairro inteiro — mas é preciso que o poder público faça sua parte para manter e proteger esses esforços.
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