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Indignação em Porto Velho: Presidentes de bairro enfrentam portas fechadas em secretarias municipais

Aumento das queixas revela pressão de vereadores para que atendimento a líderes comunitários dependa de sua presença; líderes clamam por respeito e autonomia

Porto Velho, RO – A insatisfação toma conta dos presidentes de bairro da capital rondoniense, que estão enfrentando um cenário alarmante ao buscarem atendimento nas secretarias municipais. Relatos de líderes comunitários que estão levando "porta na cara" ao tentarem acessar serviços públicos têm gerado indignação e descontentamento generalizado.

O presidente da associação do bairro Cascalheira, Paulo, foi um dos primeiros a denunciar essa situação. Em um desabafo, ele expôs a frustração que muitos estão sentindo: "Chegamos até as secretarias, mas encontramos portas fechadas. É inaceitável que, em vez de sermos ouvidos, sejamos ignorados", afirmou.

A indignação se espalhou como um efeito cascata. Luciana, do bairro Porto Cristo, também relatou experiências semelhantes, enfatizando que a falta de atendimento não é um caso isolado. Outros presidentes de bairro, que preferiram não se identificar, expressaram o mesmo descontentamento, revelando que a situação está se tornando insustentável.

O que preocupa ainda mais esses líderes comunitários é o rumor de que alguns vereadores estão solicitando aos secretários do prefeito Léo Moraes que não atendam os presidentes de bairro sem a presença de um vereador. Essa prática, que muitos consideram uma forma de controle e manipulação, está sendo amplamente criticada. "Para sermos atendidos, precisamos de um vereador ao nosso lado. Isso não faz sentido! Fomos eleitos pelo povo e não precisamos de intermediários", desabafou um presidente de bairro que pediu anonimato.

Os presidentes de bairro deixaram claro que essa situação é um desrespeito à autonomia e à importância dos líderes comunitários, que representam diretamente os interesses de suas comunidades. Embora reconheçam que não são todos os vereadores que adotam essa postura, a maioria que o faz está utilizando essa prática como uma forma de manobra política.

A indignação é palpável, e os líderes comunitários estão decididos a se mobilizar por mudanças. "Exigimos respeito e acesso direto às secretarias. Não somos massa de manobra para interesses políticos", afirmaram em uníssono. A pressão está aumentando, e a comunidade espera que a administração municipal ouça suas demandas e promova um diálogo aberto e respeitoso, que valorize o papel essencial dos presidentes de bairro na construção de uma Porto Velho mais justa e inclusiva.




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