Comunidade que depende da ponte interditada se vê isolada e acusa o governo de desperdício de verba pública e descaso com promessas não cumpridas
Porto Velho Ro - Os moradores que dependem da ponte sobre a conhecida vala na estrada de Nazaré estão revoltados com o que descrevem como negligência e falta de compromisso do governo estadual. A ponte, que deveria solucionar um antigo problema de acesso, foi construída recentemente, mas, antes mesmo de sua inauguração oficial, foi interditada pelo próprio governo.
A população da área, que aguardava ansiosa pela conclusão da obra, agora se vê em uma situação ainda mais crítica. Para atravessar de um lado a outro, os moradores precisam utilizar uma balsa que, segundo relatos, vem sendo custeada pelo governo com verbas públicas. "Isso é um desperdício de dinheiro público e um absurdo para quem vive aqui. A ponte está lá, mas interditada, e agora o governo gasta com uma balsa que nem sempre atende bem todo mundo", desabafa Maria Silva, moradora da região há mais de 20 anos.
A promessa da construção da ponte gerou esperança entre a comunidade, que depende da estrada para trabalhar, estudar e acessar serviços essenciais. “Foram anos aguardando a construção, e agora, quando finalmente a estrutura está pronta, eles fecham a ponte e não nos dão nenhuma previsão de quando poderemos usá-la”, critica João Ferreira, outro morador prejudicado pela situação.
O governo estadual, por sua vez, não deu informações claras sobre os motivos da interdição, limitando-se a dizer que "intervenções técnicas adicionais" são necessárias antes da liberação. A falta de clareza sobre prazos e motivos vem gerando indignação e sensação de abandono na população, que já se sente esquecida por promessas que nunca se concretizaram. "Nos sentimos enganados. Cada vez nos dizem que vão resolver, mas nada acontece de fato", comenta um comerciante local.
A situação tem gerado revolta e questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos. Além do gasto contínuo com o aluguel da balsa, que alguns moradores classificam como “solução paliativa”, há o questionamento sobre o custo de uma ponte que, até o momento, permanece fechada.
As lideranças comunitárias já começaram a organizar protestos e pedidos de esclarecimento para pressionar o governo a resolver o problema com urgência. Segundo elas, a falta de um posicionamento transparente e de ações efetivas por parte das autoridades é um sinal de descaso com a população local.
0 Comentários